A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da rede de fast- food Burger King no Brasil poderá movimentar até R$ 2,5 bilhões, se considerado o teto da faixa indicativa de preço (R$14,50 a R$ 18) e interesse pelos dois lotes extras oferecidos.
O início das negociações das ações da companhia em Bolsa, com o código “KBR3”, deve ocorrer no dia 18 de dezembro. A listagem será no Novo Mercado, segmento de mais elevadas exigências de governança corporativa da B3.
Com o IPO, o valor máximo que poderá ser repassado ao caixa da empresa chega em cerca de R$ 886 milhões.
Com os recursos a ser injetados na companhia, o Burger King Brasil planeja a aquisição de cerca de 50 restaurantes de um franqueado da marca, expansão orgânica com novos restaurantes e a aceleração da abertura de quiosques de sobremesas, além da remodelagem de lojas existentes.
Durante as conversas informais com investidores que antecederam a oferta, a demanda já foi percebida, especialmente de quatro fundos, conforme noticiou a Coluna do Broadcast.
O período de apresentação aos investidores, o chamado “roadshow”, tem início na segunda-feira e irá até o dia 14 de dezembro, quando o preço será definido.
Nas próxima semanas, serão precificados outros dois IPOs programados para encerrar o ano na Bolsa – o da BR Distribuidora, braço da Petrobrás, e o da Neoenergia, que devem disputar a atenção dos investidores.
Este ano tem sido muito aquecido para ofertas de ações no Brasil. Até o momento, as emissões de ações já movimentaram cerca de R$ 32 bilhões.
Divisão. Se considerado apenas o piso de preço e a colocação apenas do lote principal e suplementar, a oferta girará cerca de R$ 1,7 bilhão. Do lote principal serão 49,2 milhões de novas ações, que injetarão novos recursos ao caixa da empresa. Já 57,3 milhões de papéis são de ações que hoje pertencem aos atuais acionistas, dentre eles os fundos Vinci e a Temasek.
O lote adicional, que será colocado no mercado se houver demanda, poderá ser acrescido de até 18,15% do lote principal, ou 19,3 milhões de ações de titularidade dos acionistas vendedores. O lote suplementar é formado por até 15% do lote principal, ou quase 16 milhões de ações, também detidas pelos acionistas vendedores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.