Economia

Relator diz estar ouvindo reivindicações de ajustes na reforma da Previdência

O deputado federal Arthur Maia (DEM-RJ), relator da proposta de reforma da Previdência, afirmou nesta terça-feira, 28, que está ouvindo nesta reta final as reivindicações de ajustes ao projeto. Segundo ele, os pedidos de mudanças são normais.

No entanto, o deputado afirmou que somente vale a pena ao governo promover modificações se isso for contribuir com a aprovação da matéria. “Há deputados que reconhecem que a reforma da Previdência é boa para o País, mas dizem que é ruim para a eleição”, citou Arthur Maia. “Mas parlamentar não pode mudar de posição antes ou depois da eleição”, criticou.

Segundo ele, o governo tem que delimitar, neste momento, seu ponto de vista e explicitar o quanto o projeto da Previdência é importante para o País.

Na manhã desta terça, durante reunião na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deputados apresentaram pedidos de mudanças em pontos da proposta. Além disso, o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, esteve presente para negociar mudanças em relação à aposentadoria dos policiais federais.

Ao sair do encontro, Segovia evitou detalhar os pedidos. “Estamos discutindo hoje, durante das propostas no Congresso Nacional, quais são os anseios da categoria dos policiais no Brasil, especialmente da Polícia Federal. Estamos lutando pelos nossos direitos de aposentadoria”, afirmou Segovia. “Um policial ao longo da carreira sofre bastante. A gente vê policiais mortos em combate, a dificuldade da segurança pública no País. Então, perder direitos neste momento seria péssimo para o policial.”

Segovia afirmou ainda que cada uma das categorias profissionais no País “acha que tem alguns direitos, e eu estou aqui defendendo os dos policiais, que são sobre tempo de aposentadoria, integralidade e paridade. São direitos fundamentais hoje para o exercício da atividade.”

Hoje, um policial federal se aposenta com 30 anos de trabalho, e as mulheres com 25 anos. Pela proposta no Congresso, as mulheres policiais poderiam perder esta idade diferenciada. “O que a gente não pode perder são os direitos que hoje existem dentro deste regramento”, disse Segovia. “Estamos negociando hoje, com o Congresso Nacional, qual será a regra para o policial federal. Queremos chegar a um equilíbrio entre a necessidade e o que podemos fazer para ajudar o governo brasileiro neste momento de crise.”

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