O dólar abriu esta quarta-feira, 3, com um gap de baixa de mais de 2% no contrato futuro de novembro, apoiando a continuidade do recuo firme do dólar à vista. O fortalecimento das intenções de votos em Jair Bolsonaro (PSL) na pesquisa Datafolha, divulgada na noite de terça-feira, 2, induz a nova rodada de vendas no mercado cambial, de acordo com operadores.
Às 9h25, o dólar à vista caía 2,01%, a R$ 3,8515. O dólar futuro de novembro recuava 2,30%, a R$ 3,860.
A quatro dias da eleição presidencial, o Datafolha mostrou Bolsonaro subindo de 28% para 32%, enquanto Haddad oscilou de 22% para 21%. Ciro Gomes (PDT) permaneceu com 11% e Geraldo Alckmin (PSDB) variou de 10% para 9%.
Além disso, o petista teve aumento da rejeição, que passou de 32% para 41%. Já Bolsonaro oscilou de 46% para 45%. A pesquisa mostrou ainda que o candidato do PSL subiu em todos os cenários de 2º turno.
A queda do dólar ante o real volta a contrariar o viés de alta predominante da divisa dos EUA em relação a moedas de países emergentes e exportadores de commodities. O ajuste dos ativos locais por sua vez acompanha o recuo do risco Brasil, que estava em 250,61 pontos por volta das 9h30, ante 253,06 pontos na noite de terça, de acordo com a IHS/Markit.
Nos Estados Unidos, a consultoria ADP informou que houve a criação de 230 mil vagas em setembro no setor privado do país, bem acima da previsão dos analistas de geração de 185 mil empregos. Com isso, o euro bateu mínima e o índice do dólar DXY e os juros dos Treasuries registraram máximas.
Com exceção das leves baixas ante peso chileno e peso mexicano, a moeda americana avançava ante dólar australiano, dólar canadense, rupia indiana, dólar neozelandês, rublo russo, lira turca e rand sul africano.