O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, disse nesta sexta-feira, 17, que uma série de indicadores antecedentes sugere que a economia brasileira engatou uma reação entre o fim de 2016 e início deste ano. Após participar de encontro com representantes do setor da construção na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o ministro manifestou ainda que o governo está confiante de que 2017 será um ano de retomada.
Até o fim do ano, a atividade econômica voltará a crescer em nível compatível com o potencial do País, disse Oliveira, lembrando, nesse ponto, das previsões feitas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que o Produto Interno Bruto (PIB) estará crescendo a uma taxa anualizada de 2% no último trimestre de 2017.
Em entrevista dada a jornalistas depois de deixar o encontro, o ministro destacou as medidas tomadas pelo governo para melhorar o ambiente de negócios e reequilibrar as contas públicas, como a decisão, publicada nesta sexta, de limitar as despesas de custeio em R$ 14,9 bilhões. O teto de gastos, segundo Oliveira, está em patamar semelhante ao do ano passado e visa a manter sob controle gastos como contratação de serviços e diárias de hotel para, segundo o ministro, direcionar recursos a projetos que beneficiem a população.
PAC
O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão adiantou que foram retomadas 460 obras da lista de 1,6 mil empreendimentos de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que, conforme portaria publicada em novembro, devem ser retomados até 30 de junho.
Do total, 69 obras já foram concluídas, informou Oliveira. O prazo máximo para finalização das obras do PAC que estavam paralisadas é 30 de dezembro de 2018.
Nesta sexta, após participar de reunião com representantes do setor da construção, Oliveira informou que o governo deve anunciar na semana que vem um levantamento parcial das retomadas de obras. Ele disse considerar “satisfatória” a evolução apresentada até agora.
Privatizações
Dyogo Oliveira disse que está em estudo na pasta as privatizações de seis distribuidoras de energia elétrica já para este ano. Ele disse não saber ainda qual sairá primeiro, mas citou as distribuidoras de Rondônia, Amazonas, Roraima, Piauí e Alagoas que estão todas no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
“São distribuidoras que podem ter efetivamente a conclusão e o lançamento de suas privatizações neste ano”, disse o ministro a jornalistas após ter participado de reunião com os representantes do Conselho Superior da Indústria da Construção (Consic) da Fiesp.
O ministro disse ainda que o governo está estruturando os projetos de rodovias com vistas ao lançamento dos editais. “As parcerias para investimentos estão evoluindo bem satisfatoriamente.
Dyogo voltou a afirmar que as concessões de quatro aeroportos sairão em março. A programação prevê a privatização de estradas e rodovias para novembro.