Economia

Com melhora da percepção sobre Previdência, juros longos fecham nas mínimas

Os juros futuros fecharam a segunda-feira, 4, em queda, com alguns dos principais contratos nas mínimas da sessão. Os destaques de baixa foram os contratos de longo prazo, trecho onde há mais prêmio de risco da curva, refletindo a melhora da percepção do mercado sobre a votação da reforma da Previdência.

Ao final da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou com taxa de 7,06%, de 7,09% no ajuste anterior e a do DI para janeiro de 2020 caiu de 8,40% para 8,32%. A taxa do DI janeiro de 2021 terminou na mínima de 9,23%, de 9,32% no ajuste de sexta-feira e a do DI para janeiro de 2023 encerrou, também na mínima, a 10,13%, de 10,24%.

O presidente Michel Temer esteve reunido durante o fim de semana com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), líderes dos partidos aliados e ministros para acertar uma estratégia de votação para a reforma da Previdência no curto prazo e a percepção do mercado é de que há uma chance de o projeto passar ao menos em primeiro turno.

Para convencer líderes partidários a fazer o último esforço do ano para votar a reforma, a equipe econômica usou como argumento a perspectiva de consolidação do crescimento econômico a partir de junho de 2018, justamente no período eleitoral. No jantar promovido no domingo por Maia, parlamentares ouviram que, se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) não for aprovada, o cenário para o próximo ano será de “aperto” e os governistas não terão o que mostrar no palanque porque não haverá recursos para investimentos.

O governo quer colocar a matéria em votação quando tiver segurança dos votos. Nesta tarde, Rodrigo Maia declarou que o governo contabiliza ter, entre os partidos da base aliada, cerca de 325 votos favoráveis à reforma, que pode ser votada já na próxima semana. Pouco antes da conclusão deste texto, um dos vice-líderes do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), disse que o governo ainda não tem nem 300 votos e a ideia é começar a votar com 315/320 votos. “Estamos montando estratégia para começar a votar a Previdência na próxima terça-feira”, disse.

Nos mercados de câmbio e ações, a possibilidade de que o governo consiga os votos necessários e aprove a matéria na Câmara na próxima semana também repercute positivamente. Às 16h34, o dólar à vista recuava 0,29%, aos R$ 3,2447, e o Ibovespa subia 1,76%, aos 73.583,68 pontos.

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