Economia

Intenção de consumo das famílias sobe 4,1%, maior alta mensal desde 2010, diz CNC

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 4,1% em setembro, na comparação com agosto, para 72,1 pontos, informou a Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC). Foi a maior alta mensal desde o início da série histórica, em 2010, além da segunda elevação consecutiva do indicador, que em agosto havia registrado o primeiro aumento desde fevereiro deste ano. Em relação a setembro de 2015, entretanto, houve queda de 9,6%.

Pelo segundo mês seguido da pesquisa todos os componentes da pesquisa tiveram variação positiva na comparação mensal. No entanto, o índice ainda permanece em um nível menor que 100 pontos, abaixo da zona de indiferença, que indica uma percepção de insatisfação com a situação atual. Na comparação anual os indicadores ainda registram forte queda. Com alta recorde de 8,5% no mês, o componente Perspectiva de Consumo impulsionou a variação mensal positiva de setembro. Na comparação anual, o índice apresentou recuo de 8,6%, com 58,1 pontos.

Único componente com pontuação acima da zona de indiferença (104,8), o indicador de emprego atual registrou aumento de 2,5% ante o mês anterior e queda de 2% na comparação com o mesmo período do ano passado. O porcentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao Emprego Atual foi de 30,3% ante 28,9% em agosto. Sobre o horizonte futuro, as famílias apresentaram aumento de 3,6% nas perspectivas em relação ao mercado de trabalho no mês. Em relação ao mesmo período do ano passado, o componente recuou 1,3%. A maior parte das famílias – 47,1% – considera negativo o cenário para os próximos seis meses.

O componente Nível de Consumo Atual apresentou aumento de 4,9% em relação ao mês anterior e queda de 22,5% ante o mesmo período de 2015. A maior parte das famílias (64,4%) declarou estar com o nível de consumo menor que o do ano passado. O índice está em 46,4 pontos. O indicador Acesso ao Crédito teve alta de 2,2% no mês, mas em relação a setembro do ano passado caiu 16,5%. Um porcentual de 74,7% das famílias ouvidas considera o momento atual desfavorável para aquisição de duráveis.

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