A indústria brasileira começou o ano melhor do que nos últimos dois anos, aponta a pesquisa Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A produção ainda é baixa, mas também melhor do que no fim de 2016.
Em janeiro, o índice que mede a evolução da produção da CNI ficou em 44,2 pontos, ante 39,7 pontos no mesmo mês de 2016 e 42,7 pontos em 2015. Em dezembro, o indicador estava em 40,7 pontos.
Pela metodologia da pesquisa da CNI, números abaixo de 50 indicam redução na produção, e quanto mais baixo, mais intensa e disseminada é a queda.
“Isso mostra que a redução da atividade industrial foi menos intensa na passagem de dezembro para janeiro do que nos dois anos anteriores”, informou a CNI, que comemorou os sinais de melhora.
A utilização da capacidade instalada se manteve em 63% entre dezembro e janeiro, um nível de ociosidade elevado, de acordo com a entidade. No mesmo mês de 2016, ela estava em 62%.
O indicador de nível de estoques atingiu 49 pontos, ante 46,5 pontos em dezembro e 48,4 pontos em janeiro de 2016.
O emprego industrial também melhorou e atingiu 46 pontos, ante 44,7 pontos em dezembro e 41,4 pontos em janeiro de 2016.
Perspectivas
Para os próximos seis meses, as expectativas dos industriais são de crescimento nas exportações e na demanda, ambos acima dos 50 pontos. Já os que medem compra de matéria-prima, número de empregados e intenção de investimentos continuam abaixo dessa linha divisória.
O indicador que mede a perspectiva de quantidade exportada subiu para 53,5 pontos em fevereiro, ante 52,6 pontos em janeiro e iguais 53,5 pontos em fevereiro do ano passado.
A expectativa em relação à demanda ficou em 51,8 pontos em fevereiro, ante 51,9 pontos em janeiro e 45,6 pontos em fevereiro do ano passado.
Embora ainda esteja baixa, a intenção de investimento ficou em 46,9 pontos, ante 45,3 pontos em janeiro e 39,8 pontos em fevereiro de 2016. Segundo a CNI, foi o melhor resultado desde abril de 2015.
Em relação à compra de matéria-prima, o índice atingiu 49,1 pontos em fevereiro, ante 50 pontos em janeiro e 43,6 pontos em fevereiro.
A projeção em relação ao número de empregados ficou em 45,4 pontos, ante 46,4 em janeiro e 42,1 pontos em fevereiro do ano passado.
A Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 13 de fevereiro com 2.462 empresas, sendo 1.026 pequenas, 871 médias e 565 de grande porte.