Economia

Credores concordam com novas negociações entre técnicos sobre ajuda à Grécia

Os credores internacionais, ministros das Finanças da zona do euro e o governo da Grécia concordaram nesta segunda-feira em enviar suas equipes técnicas de volta a Atenas, um pequeno passo adiante nas negociações da próxima parcela do pacote de ajuda ao país. “Há confiança suficiente e um acordo comum para voltar a Atenas”, afirmou o ministro das Finanças da Holanda, Jeroen Dijsselbloem, que sediou a reunião, em entrevista coletiva após o evento.

O retorno das equipes técnicas dos credores à capital grega, porém, marca apenas o início das negociações de fato sobre as grandes reformas exigidas no sistema tributário, no mercado de trabalho e na previdência da Grécia. Autoridades europeias dizem estar confiantes de que o Fundo Monetário Internacional (FMI), que não empresta à Grécia desde 2014, possa se unir novamente ao programa. Mas o FMI insiste que primeiro a UE precisa se comprometer a aliviar mais a dívida, para que ela seja sustentável.

Dijsselbloem afirma que os credores terão como foco dar menos peso às medidas de austeridade e se concentrar mais em “reformas profundas, que são também um critério crucial para o FMI”. Ele não excluiu, porém, algumas medidas de austeridade, o que contradiz autoridades gregas, que disseram que não concordarão com uma única medida de austeridade a mais.

“Eu sou um ministro das Finanças, nunca posso prometer o fim da austeridade”, disse Dijsselbloem. “Mas estamos olhando agora muito mais para reformas estruturais.”

A Grécia concordou em apresentar medidas legislativas para depois de 2018, mas também com medidas para o caso de a meta de crescimento econômico de 3,5% não se sustentar neste ano, segundo autoridades de Atenas.

As autoridades disseram que a Grécia e as instituições concordaram que suas equipes voltassem a Atenas na próxima semana e que um acordo técnico seja concluído dentro de alguns dias. Esse acordo técnico – cuja previsão de conclusão era até o fim de 2016 – irá retornar aos ministros das Finanças da zona do euro, que têm de assiná-lo antes da liberação do dinheiro.

Em suas projeções divulgadas na semana passada, a Comissão Europeia previu que a Grécia tenha registrado crescimento econômico de 0,3% em 2016. A Comissão Europeia diz que o país pode superar suas metas de superávit primário, o que o FMI questiona. Fonte: Dow Jones Newswires.

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