Os juros futuros deram continuidade ao movimento da sexta-feira e fecharam a sessão desta segunda-feira, 20, em queda nos vencimentos curtos e intermediários, mas moderada pela liquidez fraca, uma vez que os mercados nos Estados Unidos não funcionaram em razão do feriado do Dia do Presidente. Na ponta longa, as taxas encerraram perto da estabilidade. Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 encerrou com taxa de 10,535%, de 10,565% no ajuste de sexta-feira.
A taxa do DI janeiro de 2019 caiu de 10,07% para 10,05% e a do DI janeiro de 2021 passou de 10,27% para 10,26%.
Profissionais nas mesas de renda fixa atribuíram a pressão baixista das taxas às perspectivas para a queda da inflação e da Selic, ao recuo do dólar, ao exterior favorável e ao cenário político sob controle. Na pesquisa Focus, divulgada nesta segunda, as medianas das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) continuaram caindo, em vários horizontes. Para 2017, passou de 4,47% para 4,43%, distanciando-se um pouco mais da meta central de inflação de 4,5%, e a da inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,71% para 4,62%. A previsão para 2018, contudo, manteve-se em 4,50%.
Os números não chegaram a alterar o quadro de apostas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira, confirmando o espaço para mais um corte de 0,75 ponto porcentual na taxa básica de 13,00%.
O dólar esteve em baixa ante moedas de países emergentes, o que também reforça a perspectiva positiva para o quadro inflacionário. Às 16h31, a moeda no segmento à vista era negociada aos R$ 3,0859 (-0,32%).