De acordo com o presidente mundial da Cummins, Tim Solso, a iniciativa privada deve ajudar na formação de mão de obra qualificada se tiver a intenção de expandir negócios no Brasil. Para representantes de entidades em Guarulhos, faltam investimentos a partir de parcerias entre município e os governos Estadual e Federal.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, José Pereira, frisa que providências podem não ser tomadas a tempo de grandes demandas, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. "O governo deve investir e a sociedade, cobrar por melhor educação".
Antonio Silvan, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas de Guarulhos e Região (Sindiquímicos), comenta que as empresas exigem além da qualificação específica, o que dificulta a contratação.
Na Cummins, que tem duas sedes na cidade, de acordo com o gerente de recursos humanos, Milton Bezerra, foram feitos convênios com o Senai para a capacitação de jovens para área de produção, sendo que são custeadas bolsas para aprendizes. Há ainda a capacitação interna, especificamente quando surgem oportunidades em cargos mais altos e os funcionários são promovidos.
Baixa oferta – Já nos setores administrativo e técnico, a dificuldade de contratação é maior. "Principalmente quando pedimos experiência e fluência em inglês", conta Bezerra, que destaca descompasso entre a demanda do mercado de trabalho e a oferta de profissionais formados. Para isto, ele explica que a Cummins investe em diálogos com universidades.
O presidente do Ciesp Guarulhos, Daniele Pestelli, diz que a falta de mão de obra qualificada é um problema crônico em todo o País, que, com investimentos, demandaria no mínimo mais cinco anos para apresentar os primeiros resultados. "Não há investimentos suficientes dos governos, com mais escolas e mais cursos".