Após 25 dias na Ásia, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, reafirmou nesta terça-feira, 27, em entrevista sobre os resultados da viagem, que o Brasil quer ampliar sua participação no mercado mundial de produtos agropecuários de 7% para 10%. O ministro esteve na China, Coreia do Sul, Tailândia, Mianmar, Vietnã, Malásia e Índia. Maggi destacou a importância da região no comércio global, por concentrar países de alto crescimento econômico, que, somados, têm grande parte da população mundial.
Para Maggi, o Brasil precisa não apenas investir mais no mercado asiático como diversificar a pauta de exportações agrícolas para a região. “Somos fortes em alguns produtos, mas somos inexistentes em outros. Se queremos ampliar o nosso mercado, não vai ser aumentando volume de soja e milho, mas identificando outros produtos agrícolas de maior valor agregado. A ideia é explorar o que nós temos de potencial nesses países”, afirmou.
Com o Vietnã, ele tratou da reabertura daquele mercado para as carnes suína, bovina e de frango. Técnicos virão ao País inspecionar frigoríficos. Também houve negociações para a exportação de lácteos para os vietnamitas. Na Malásia, Maggi discutiu a ampliação do mercado de carnes de aves e negociou exportação de bovinos vivos, carne bovina e material genético bovino – embriões e sêmen congelado.
Com a Índia, o ministro e os empresários que o acompanharam negociaram a venda de madeira, couro e pescados. Também foi anunciada a construção de uma fábrica da UPL no Brasil para a síntese de ativos agroquímicos, no valor de R$ 1 bilhão. O governo firmou ainda um acordo de R$ 100 milhões entre a Embrapa e a indiana UPL para o desenvolvimento de pesquisas em lentilha e grão de bico.
Na Coreia do Sul, a missão do Ministério da Agricultura finalizou a penúltima fase de habilitação da carne suína de Santa Catarina para exportação. Na China houve negociações empresariais para a venda de grãos e carnes. E Mianmar reabriu as licenças para a importação de carnes, frutas e grãos brasileiros.