Falta comprometimento de jovens trabalhadores no mundo todo. É o que mostra um estudo global, realizado pela empresa de pesquisa de mercado GfK. A análise destaca que isso é resultado da pressão a que eles têm sido submetidos nas empresas ou organizações.
Realizada de fevereiro a abril deste ano, a pesquisa encontrou um mercado de trabalho polarizado entre jovens de 18 a 29 anos desiludidos e trabalhadores mais velhos, acima dos 60 anos, possivelmente mais resignados.
Ao analisar os dados da pesquisa entre os 29 países participantes, alguns deles encaram um problema mais severo com relação ao nível de comprometimento do seu quadro de jovens funcionários.
Na Macedônia, na França e na Turquia, cerca de 1/3 dos trabalhadores que têm entre 18 e 29 anos estão altamente engajados, indicando uma situação razoavelmente estável e produtiva para as empresas. No Brasil, o índice de comprometimento nessa faixa etária é de 20%, deixando o País na 7ª posição e a frente de países como Portugal, Alemanha, Reino Unido e Bélgica.
Em nível global, comparando as faixas etárias de maior e menor idade, apenas 21% dos que têm entre 18 e 29 anos estão bastante comprometidos com seus empregadores, enquanto que para os entrevistados com idades acima dos 60 anos o índice sobre para 31%.
No Brasil, 20% dos jovens entre 18 e 29 anos estão altamente comprometidos, enquanto que nas faixas etárias mais altas (50 a 59 anos) o índice é bem superior: 37%.
Esta grande diferença no nível de comprometimento entre os jovens "que põem a mão na massa" e aqueles que provavelmente estão em posições mais seniores representam um verdadeiro problema para as empresas no mundo. Além disso, podem criar divisões no local de trabalho, ressentimento entre gerações e dificultar os esforços de recrutamento, de retenção e de motivação de jovens talentos.
Embora 61% dos jovens trabalhadores acreditem que há oportunidades de carreira para eles, muitos acham que só vão encontrá-las em outro lugar – ou em outro país. Seis em cada 10 jovens trabalhadores (58%) estão procurando por um emprego ou estarão nos próximos seis meses e 41% estão dispostos a emigrar para encontrar um novo trabalho.