Economia

Bovespa sobe 1,67% puxada por ganhos de ações da Petrobras

A forte alta dos preços do petróleo respondeu por grande parte da alta de 1,67% do Índice Bovespa, que fechou aos 59.355,76 pontos. A quarta-feira, 28, foi marcada por discursos de dirigentes do Federal Reserve e do Banco Central Europeu, além da movimentação do governo brasileiro em torno de medidas de ajuste fiscal. Mas o que efetivamente orientou as bolsas foi a notícia de um acordo entre membros da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) para congelar a produção da commodity.

A notícia, veiculada pouco depois das 15h (de Brasília), fez disparar os preços do petróleo nas bolsas de Londres e Nova York, com efeito imediato sobre as ações de empresas petroleiras pelo mundo. As ações da Petrobras, que já operavam em alta no momento da notícia, aceleraram o ritmo e renovaram sucessivas máximas, até os minutos finais de negociação. No fechamento, Petrobras ON subiu 4,64% e Petrobras PN avançou 5,56%.

Com a melhora do humor dos investidores e o aumento do apetite por risco, a alta na Bovespa acabou sendo generalizada, tendo entre os principais destaques, ainda, ações de outras empresas ligadas a commodities. Vale ON e PNA subiram 3,35% e 3,61%, respectivamente. CSN ON avançou 8,01% e Usiminas PNA ganhou 6,41%. Bancos voltaram a contabilizar ganhos, com Santander Unit à frente, avançando 3,15%. Braskem PNA disparou 10,29%, a maior alta do Ibovespa, depois que anunciou que vai distribuir dividendos intermediários no valor de R$ 1 bilhão.

Pela manhã, o principal destaque havia sido a sabatina da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen. A líder do BC americano fez um discurso sem novidades, no qual reforçou o compromisso do Fed com o gradualismo, no momento em que o aperto monetário for reiniciado. Ainda assim, a menção a uma possível retirada de estímulos à economia levou analistas a acreditar que Yellen reforçou a chance na elevação de juros nos EUA este ano.

A dois pregões do encerramento de setembro, o Ibovespa acumula alta de 2,51% no mês e de 36,93% em 2016. Até o último dia 26, os investidores estrangeiros haviam retirado R$ 1,932 bilhão da Bovespa. Em 2016, a bolsa tem superávit de R$ 13,076 bilhões em recursos externos.

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