Economia

Principal fator para superávit do setor externo em setembro foi a balança, diz BC

O chefe-adjunto do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Renato Baldini, comentou nesta quinta-feira, 25, que o superávit de US$ 32 milhões nas contas externas em setembro foi melhor que a previsão do BC, que era de um déficit de US$ 600 milhões no mês. “Houve um resultado positivo na balança comercial, principalmente na exportações de milho. Esse foi o principal fator que levou ao superávit em conta corrente de setembro”, detalhou.

Segundo Baldini, com base em dados apurados até o dia 23 de outubro, a projeção do BC é de um déficit de US$ 1,3 bilhão no mês.

Ele explicou ainda que o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDICS) revisou o saldo de exportações de agosto. “Com isso, o déficit de US$ 717 milhões em transações correntes de agosto foi revisado para um superávit de US$ 717 milhões”, completou.

Viagens

O chefe-adjunto do Departamento de Estatísticas do Banco Central destacou a redução de 37,7% no déficit da conta de viagens ao exterior em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No mês passado, o saldo negativo foi de US$ 816 milhões, ante US$ 1,309 bilhão no mesmo mês de 2017.

“As despesas com viagens são bastante sensíveis à taxa de câmbio, que teve depreciação nos últimos meses. Os gastos em setembro (US$ 1,189 bilhão) deste ano foram os menores desde maio de 2016”, afirmou Baldini. “O câmbio médio em setembro ficou em R$ 4,12, ante R$ 3,13 em setembro do ano passado”, completou.

Parcial

Baldini adiantou que a conta de viagens internacionais apresenta um déficit de US$ 869 milhões em outubro até o dia 23. O resultado decorre de receitas de US$ 329 milhões e despesas de US$ 1,198 bilhão no período.

Na conta de renda primária, os gastos líquidos com juros somam US$ 632 milhões até o dia 23 de outubro. No mesmo período, a remessa líquida de lucros e dividendos totaliza US$ 744 milhões.

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