Economia

Sindicato de serviços gerais volta a protestar na câmara contra Mc Donald’s

Empresa de fast food não estaria cumprindo com obrigações trabalhistas

A sessão da Câmara foi novamente marcada pelo grupo de manifestantes, filiados ao Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e Serviços em Geral de Hospedagem, Gastronomia, Alimentação Preparada e Bebida a Varejo de São Paulo e Região (Sinthoresp), que reivindicam o apoio dos parlamentares de Guarulhos contra a empresa de fast food Mc Donalds.

Segundo eles, mais de 40 mil jovens em todo o país são explorados em uma jornada de trabalho subumana, com salários abaixo do valor mínimo estipulado em lei. "Nós queremos que toda a sociedade saiba e contamos com o apoio desta Casa, porque o que esta empresa faz é totalmente ilegal e implica na exploração dos trabalhadores", afirmou o presidente do Sinthoresp, Francisco Calasans Lacerda.

O problema, de acordo com eles, é a chamada jornada móvel e variável de trabalho. A empresa paga os funcionários por 44 horas de trabalho semanais, menos as horas paradas na chamada sala de break. Ocorre que no final do mês o salário chega a ser menor do que valor mínimo.

De acordo com o Sinthoresp os funcionários são obrigados a assinarem um contrato que não permite que o trabalhador saiba quantas horas de fato trabalhará e quanto receberá de verdade no final do mês. Os salários variam de R$ 283,78 a R$ 50,00, como apresentados pelo sindicato na Câmara.

Em janeiro deste ano, os funcionários ganhavam R$ 2,54 por hora de trabalho. Só para se ter noção o salário de um vereador é de R$ 9.286,59, por sessão do Legislativo eles chegam a ganhar, em média, R$ 600,00 por hora. Em nota enviada ao Sinthoresp, o Mc Donalds afirma que "a Jornada Móvel Variável dá aos funcionários a flexibilidade necessária para poderem, entre outras atividades, seguir com seus estudos e já teve sua legalidade reconhecida. Ressaltamos que o assunto está na esfera judicial e a empresa está acompanhando todo o processo".

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