Economia

Bolsas da Europa fecham sem sinal único, com foco em Deutsche e Reino Unido

As bolsas europeias fecharam sem sinal único nesta segunda-feira, 3. Em um dia de feriado na Alemanha, os demais mercados acionários mantiveram o foco nas notícias sobre o Deutsche Bank, que enfrenta uma disputa nos Estados Unidos sobre quanto terá de pagar em um processo. Além disso, esteve em foco o Reino Unido e seu processo para sair da União Europeia, o chamado “Brexit”.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,07% (0,23 pontos), em 343,15 pontos.

No domingo, 2, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciou que iniciará o processo de saída do país da UE até o fim de março de 2017. A retirada de incertezas sobre quando começará esse processo beneficiou os mercados londrinos, que se destacaram dos demais.

Além disso, investidores continuaram a monitorar as notícias do maior banco alemão. No domingo, circularam informações de que o Deutsche Bank não chegou a um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA para reduzir a multa de US$ 14 bilhões por causa da venda de títulos lastreados em hipotecas antes da crise de 2008. Políticos alemães acusaram os EUA de travarem uma “guerra econômica” contra a instituição.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 subiu 1,22%, para 6.983,52 pontos. O FTSE-100 atingiu a máxima em 16 meses, quase em 7 mil pontos, beneficiada pela libra mais fraca e pelo preço mais firme do petróleo. Além disso, houve um dado positivo do Reino Unido que ajudou o humor: o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria subiu de 53,4 em agosto para 55,4 em setembro, no maior nível desde junho de 2014.

O setor de commodities também se destacou. Entre as mineradoras, Anglo American subiu 2,87% e Antofagasta teve alta de 2,19%, enquanto BHP Billiton avançou 1,76%. A petroleira BP ganhou 1,87%.

Em Paris, o índice CAC-40 avançou 0,12%, chegando a 4.453,56 pontos. A companhia de software Avanquest teve alta de 6,36%. Entre os bancos, Crédit Agricole subiu 0,01% e Société Générale teve baixa de 1,02%. Danone avançou 1,68% e Sanofi teve alta de 0,89%. A petroleira Total, por sua vez, fechou em alta de 0,37%.

Na Bolsa de Milão, o FTSE-MIB teve baixa de 0,77%, para 16.273,95 pontos. No setor bancário, Banca Popolare di Milano subiu 3,22%, porém Intesa Sanpaolo e UniCredit caíram 2,33% e 1,93%, respectivamente. A petroleira Eni teve ganhos de 0,55%.

O índice Ibex-35, da Bolsa de Madri, caiu 0,32%, para 8.751,60 pontos. Entre os papéis mais negociados, o do Santander caiu 0,05%, o do Banco Popular Español subiu 0,09% e o do BBVA teve baixa de 0,26%. Telefónica subiu 0,83%, mas Abengoa recuou 1,40%.

Na Bolsa de Lisboa, o PSI-20 subiu 0,04%, para 4.598,92 pontos. Banco BPI caiu 0,09%, Banco Comercial Português teve alta de 0,65% e Galp Energia fechou com ganhos de 0,16%. Com informações da Dow Jones Newswires

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