A Corte de Amsterdã permitiu que a Oi Portugal Telecom International Finance B.V. (PTIF), subsidiária da tele brasileira na Holanda, suspenda pagamentos a seus credores, informou a operadora de telefonia em comunicado ao mercado. O processo de recuperação judicial da Oi no Brasil também envolve a PTIF, que é um dos veículos financeiros da companhia na Holanda.
A suspensão foi concedida na segunda-feira, 3, na Justiça holandesa após pedido protocolado da PTIF. Segundo o comunicado, o processo foi iniciado para compatibilizar na Holanda a recuperação judicial iniciada pela companhia e algumas de suas subsidiárias no Brasil. As empresas do grupo Oi em recuperação judicial também estão com as execuções suspensas por aqui.
Também foi informada a nomeação de J.L.M. Groenewegen, da CMS, em Amsterdã, como administrador para supervisionar o procedimento e os interesses dos credores da PTIF.
A tele argumentou que as companhias na Holanda são um braço financeiro e, na verdade, trabalham para a companhia no Brasil, centro das decisões do grupo. A Oi também conseguiu proteção contra credores nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Em agosto, a corte holandesa havia suspendido até 2017 as obrigações da Oi Coop, outro braço da Oi na Holanda. A Justiça holandesa costuma tomar decisões com base no que for melhor para os credores – ou seja, se a falência proporcionar maior potencial de recuperação, poderá ser um caminho.
Em julho, o escritório Grimaldi entrou com pedido de falência da Oi na corte holandesa, representando detentores de ¤ 20 milhões em bônus da Oi Coop e da PTIF. O pedido sucedeu o realizado pelo fundo Syzygy Capital Managements, em junho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.