A Caelus Energy, uma pequena petroleira de Dallas, no Texas, comunicou nesta terça-feira ter encontrado uma reserva de petróleo no norte do Alasca. Segundo a empresa, a descoberta se deu nas águas rasas da Smith Bay, a 480 quilômetros do Círculo Polar Ártico.
De acordo com os cálculos da petroleira, será possível extrair entre 1,8 e 2,4 bilhões de barris. Se a estimativa for confirmada, a reserva seria substancialmente maior do que a descoberta pela Exxo Mobil em 2015 na costa da Guiana, na América do Sul.
A empresa planeja construir um oleoduto de 200 quilômetros que se conectará a outras linhas. O projeto está estimado em US$ 800 milhões e deve obter forte apoio estatal, uma vez que o Alasca sofre com uma queda acentuada da receita obtida com a exploração da commodity. Se o estado não conseguir encontrar uma maneira de reverter as quedas na produção, que estão colocando o oleoduto Trans Alaska em risco de congelamento, poderá enfrentar um colapso quase total da indústria do petróleo e toda a sua economia.
De acordo com o governador do Alasca, Bill Walker, a descoberta ressalta a importância de que o Ártico continue aberto a explorações. “Com a tecnologia e os requisitos regulatórios de hoje, tenho certeza que a exploração será feita de forma segura”, afirmou. “Estamos ansiosos para a descoberta se transformar em petróleo no oleoduto”.
No entanto, é provável que uma nova tubulação encontre oposição de ambientalistas. Nos anos 1970, quando foi descoberto petróleo pela primeira vez no Alasca, o achado foi bem recebido, uma vez que os preços da commodity estavam nas alturas e os produtores do Oriente Médio ameaçavam parar de vender petróleo para os EUA. Recentemente, o movimento ambientalista tem bloqueado novos oleodutos, numa tentativa de dificultar ou até tornar impossível a exploração de novas reservas de combustíveis fósseis. Fonte: Dow Jones Newswires.