Otimismo externo com eleição nos EUA anima Ibovespa na volta do feriado

A expectativa em relação a uma vitória do democrata Joe Biden na eleição para presidente nos EUA, como retratam algumas pesquisas, traz otimismo aos mercados nesta terça-feira, 3, dia de votação naquele país. As bolsas europeias e os índices futuros em Nova York exibem ganhos firmes, dando sequência à valorização da véspera, enquanto o petróleo tem alta modesta.

O Ibovespa também sobe, depois de cair para a faixa dos 93 mil pontos (93.952,40 pontos) na semana passada, abrindo a semana hoje, após o ter ficado fechada na segunda-feira, 2, por causa do Feriado de Finados no Brasil. Às 10h54, tinha alta de 1,52%, aos 95.376,79 pontos.

"A alta é motivada pela eleição americana, com os mercados na esperança de que tenha uma onda azul nos EUA", diz Bruno Takeo, gestor da Ouro Preto Investimentos, ao referir-se à possibilidade de renovação no Congresso americano, com a maioria representada por democratas. Isso, explica, seria bem-vindo pois haveria maior probabilidade de aprovação de um novo pacote fiscal para o país se recuperar dos efeitos da pandemia de coronavírus.

No entanto, se houve uma contestação dos votos pelo republicano Donald Trump, o processo eleitoral nos EUA pode se arrastar, provocando instabilidade nos mercados. Além disso, acrescenta Takeo, caso Trump vença o pleito, os investidores não devem ficar totalmente decepcionados, dada exatamente a chance de renovação no Congresso.

Além de ficar atento na eleição americana, o investidor local aguarda o debate no Senado da autonomia do Banco Central (BC). Conforme Takeo, o tema não deve ser decisivo para os negócios, mas tende a abrir espaço para andamento da agenda reformista do governo. "Já vai preparando o ambiente", diz. Em segundo plano, mas sendo bastante acompanhado pelo mercado, fica a cobrança do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ao governo em relação ao atraso nas reformas.

Já após o fechamento da B3, sairá o resultado do Itaú Unibanco, para o qual a expectativa é de aumento de 14% em seu lucro na margem no terceiro trimestre, mas recuo de 33% ante igual período do ano passado.

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