A melhora acentuada do humor nos mercados externos se reflete na Bolsa e na cotação do dólar no cenário local, no final da manhã desta quinta-feira, 1º de novembro. Pouco antes do fechamento deste texto, a moeda americana passava a cair mais ante o real e outras moedas emergentes.
As bolsas de Nova York ganharam fôlego após o presidente americano Donald Trump tuitar que teve uma conversa muito boa com Xi Jinping, o presidente da China, com ênfase no comércio exterior.
O Ibovespa virou a passou a subir na última hora, na esteira de Wall Street. Às 12h01, em valorização de 1,10%, a Bolsa bateu sua máxima histórica no intraday, aos 88.388.
Às 11h41, o Dow Jones subia 0,65%, o S&P500 tinha alta de 0,64%. O dólar à vista tinha queda de 0,85%, a R$ 3,6965. O DI para janeiro de 2021 estava em 8,10%, de 8,12% no ajuste anterior.
O presidente americano escreveu ainda que “essas discussões estão indo muito bem com as reuniões sendo marcadas no G-20, na Argentina. Também tivemos uma ótima discussão sobre a Coreia do Norte!”. Trump e Xi se encontrarão em Buenos Aires na cúpula do G-20, que ocorre nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro.
O mercado cita como positiva, ainda que não tenha gerado reação, o anúncio de que o juiz federal Sergio Moro aceitou o convite para o ministério da Justiça e da Segurança Pública.
“O juiz federal Sérgio Moro aceitou nosso convite para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Sua agenda anti-corrupção, anti-crime organizado, bem como respeito à Constituição e às leis será o nosso norte!”, disse o presidente eleito, Jair Bolsonaro, no Twitter. A nomeação havia sido antecipada na quarta-feira pela colunista do jornal O Estado de S. Paulo, Sonia Racy.
Profissionais de renda fixa avaliam que a nomeação é positiva.
O sócio-gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, no entanto, cita a preocupação de que isso possa enfraquecer a Lava Jato. “Acho que o mercado já tinha antecipado isso. A tendência é positiva, mas acharia melhor se ele não tivesse aceitado”, comentou.