Economia

Bolsas de NY fecham em queda pelo segundo dia seguido

As bolsas dos EUA fecharam em queda pelo segundo dia consecutivo, mas com os principais índices bastante acima das mínimas do dia. O Dow Jones chegou a cair 126 pontos. Traders disseram que a queda não resultou de um fator específico, e sim do nervosismo dos investidores por causa da incerteza quanto à perspectiva da política monetária do Fed e com eventos como o default da Argentina. O dia foi marcado pela divulgação de vários indicadores, com destaque para os dados do nível de emprego.

Foram criados 209 mil postos de trabalho em julho, quando a expectativa era de 230 mil; o número de postos de trabalho criados nos dois meses anteriores foi revisado para cima. A taxa de desemprego subiu para 6,2%, de 6,1% em junho. O salário médio pago por hora trabalhada teve uma elevação de US$ 0,01, para US$ 24,45, o que equivale a um aumento de 2,0% em relação a julho de 2013, quando a expectativa era uma elevação de 2,2%.

A renda pessoal teve um crescimento de 0,4% em julho e os gastos com consumo tiveram um crescimento de 0,4%, ambos em linha com a expectativa. O índice de atividade industrial dos gerentes de compras (ISM) ficou em 57,1 em julho, de 55,3 em junho. O índice de atividade industrial PMI da Markit, por sua vez, ficou em 55,8 em julho, de 57,3 em junho. Os investimentos no setor de construção caíram 1,8% em junho, quando a expectativa era uma expansão de 0,4%. Outro indicador divulgado nesta sexta foi o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que recuou para 81,8, de 82,5 em junho.

“É difícil apontar para um único fator para a queda. Pode ser que as pessoas estivessem à espera de um pretexto para vender. Pode ser que as pessoas estejam realizando lucros”, disse Viren Chandrasoma, diretor de operações com ações do Crédit Suisse.

Segundo David Lutz, da JonesTrading Institutional Services, alguns investidores venderam ações de modo a manter um “colchão em dinheiro” para proteger-se de quedas nos preços de bônus considerados de maior risco, como os dos países da periferia da zona do euro e de países emergentes, num cenário marcado pelas dificuldades do Banco Espírito Santo, de Portugal, e pelo default da Argentina. “Você não levantaria capital com a venda de um ativo que está próximo de máximas históricas e que algumas pessoas pensam estar perto do nível de uma bolha?”, questionou Lutz.

Entre as ações de empresas que divulgaram resultados do segundo trimestre, os destaques foram Chevron (-1,04%), Procter & Gamble (+3,01%), GoPro (-14,68%), LinkedIn (+11,70%) e Tesla Motors (+4,46%). As ações da T-Mobile subiram 1,46%, depois de a francesa Iliad fazer uma oferta de aquisição de US$ 15 bilhões.

O índice Dow Jones fechou em queda de 69,93 pontos (0,42%), em 16.493,37 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 17,13 pontos (0,39%), em 4.352,64 pontos. O S&P-500 fechou em queda de 5,52 pontos (0,29%), em 1.925,15 pontos.

Na semana, o Dow acumulou uma queda de 2,75%, o Nasdaq caiu 2,18% e o S&P-500 recuou 2,69%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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