O banco americano JPMorgan reconheceu, nesta sexta-feira, que avaliou mal a Superliga Europeia, uma competição polêmica que acabou suspensa depois de vários clubes desistirem. "Nós claramente avaliamos mal como o acordo seria visto pela comunidade futebolística no geral e como poderia ter impacto no futuro. Vamos aprender com isso", informou em um comunicado oficial.
O JPMorgan era um dos financiadores da competição entre os grandes clubes da Europa, em um valor aproximado de 4 bilhões de euros (cerca de R$ 26 bilhões na cotação atual). O incentivo à criação da Superliga, além de irritar os amantes do futebol, também afetou os investidores: desde o final de semana passado, as ações do banco caíram mais de 5% (de US$ 85, cerca de R$ 464, para US$ 80, perto de R$ 436).
O anúncio da Superliga Europeia aconteceu no último domingo, mas não sobreviveu mais de 48 horas, com várias críticas desde governos até a Uefa, Fifa, federações nacionais e torcedores. Perante as críticas, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Manchester United, Tottenham e Chelsea iniciaram a debandada do projeto na última terça-feira, seguindo-se já na quarta por Atlético de Madrid e Internazionale.
Milan e Juventus já reconheceram a necessidade de avaliar o projeto, enquanto que o Barcelona diz que sua permanência depende da aprovação dos sócios. O Real Madrid é o único dos 12 clubes fundadores da competição que ainda não emitiu uma posição oficial sobre o tema.
O "sonho" liderado pelo presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, juntou 12 dos principais clubes de Inglaterra, Espanha e Itália, tendo em vista a criação de uma competição anual com 20 equipes, na mesma época em que Uefa revelou um novo formato, com mais times, da Liga dos Campeões da Europa a partir da temporada 2024/2025.