A Bovespa fechou em alta nesta quarta-feira, 6, impulsionada principalmente pelas ações da Petrobras. Mesmo em meio à cautela que dominou os mercados acionários mundo afora, em função da crise na Ucrânia, a petroleira conseguiu engatar ganhos robustos, em meio a uma série de fatores, como especulações sobre a pesquisa eleitoral que será divulgada nesta quinta-feira, 7, o retorno das discussões sobre um aumento nos preços dos combustíveis e a expectativa com o balanço do segundo trimestre, que será divulgado na sexta-feira, 8.
O Ibovespa terminou o pregão com alta de 0,51%, aos 56.487,18 pontos. Ao longo da sessão, oscilou entre a mínima de 55.695,59 pontos (-0,90%) e a máxima de 56.797,17 pontos (+1,06%). Na semana, o ganho acumulado é de 1,05%, enquanto no mês a alta é de 1,18%. O giro financeiro foi de R$ 7,13 bilhões. Petrobras (ON +3,65% e PN +3,10%), Braskem (+3,55%) e JBS (+3,47%) lideraram as altas hoje, enquanto Oi (-3,73%), BB Seguridade (-3,11%) e Cielo (-2,36%) foram os destaques de queda. Entre as blue chips, Itaú Unibanco (-0,42%), Bradesco (+0,06%) e Vale (ON +0,57% e PN +0,35%) tiveram variações mais contidas.
Segundo operadores, a Petrobras foi impulsionada pelas especulações sobre a pesquisa eleitoral que será divulgada amanhã pelo Ibope. Nos últimos meses, a tendência tem sido de valorização dos papéis das estatais quando ocorre uma queda nas intenções de voto da presidente Dilma Rousseff. Banco do Brasil (+1,22%) e Eletrobras (ON +1,57%) também subiram hoje. Além disso, em entrevista concedida pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ontem à imprensa estrangeira, ele afirmou que haverá um aumento da gasolina “como ocorre todos os anos”, embora não tenha dado mais informações sobre de quanto será esse ajuste e nem quando deverá ocorrer.
Além disso, o Ibovespa já é influenciado pelo vencimento do índice futuro, na próxima semana. Como os investidores estrangeiros continuam bastante comprados, eles tendem a fazer com que o índice à vista suba. No exterior, os receios de que a Rússia invada a Ucrânia fizeram os mercados europeus fecharem em queda e deixaram Nova York sem fôlego. O índice Dow Jones subiu 0,08%, o Nasdaq avançou 0,05% e o S&P 500 fechou estável.
No noticiário corporativo, a Oi foi pressionada após informar prejuízo líquido atribuído aos controladores de R$ 220,9 milhões no segundo semestre, 77,8% pior que em igual período do ano passado. Já o dado consolidado foi negativo em R$ 217,5 milhões, um aumento de 75,1% em relação ao prejuízo de R$ 124,2 milhões, na comparação anual.