O presidente Michel Temer reafirmou o discurso que a União poderá ajudar os Estados. Para isso, porém, exige contrapartidas. “União está disposta a ajudar os Estados. Para ajudar, precisamos de contrapartida a ser dada pelos Estados”, disse, ao comentar que a crise estadual tem revelado a necessidade de outra reforma: a da Previdência.
Ao citar que a reforma da Previdência é “mais delicada e complicada”, Temer disse que a frágil situação dos Estados deve ser usada como lembrança da necessidade de reforma no tema. Para o presidente, a situação do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais e outros Estados tem raiz na questão previdenciária. Na avaliação de Temer, a União tem interesse na melhora da situação fiscal dos Estados e também fará esforço. “Isso vai significar que a União terá de aportar recursos e, quem sabe até, deixar de cobrar dívidas”.
Ainda sobre a reforma previdenciária, Temer defende que a sociedade precisa se conscientizar. “A reforma previdenciária tem como interesse o País e não um interesse político”, disse, ao sugerir que os críticos à reforma deveriam propor outras soluções para o problema.
Temer lembrou que cerca de 66% terão aposentadoria integral – grupo que recebe apenas um salário mínimo. “Quem se opõe é o grupo restante. Quem reclama é quem ganha muito mais, está acima, tem aposentadoria precoce antes da Previdência Geral”, disse o presidente.