Depois da divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que o Produto Interno Brasileiro (PIB) recuou 0,60% no segundo trimestre do ano e da revisão para pior do número dos primeiros três meses do ano, analistas do mercado financeiro diminuíram, mais uma vez, as previsões para o desempenho da economia brasileira em 2014. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta manhã pelo Banco Central, a mediana das estimativas passou de 0,70% para 0,52%. Há quatro semanas, a expectativa era de crescimento de 0,86%.
As sucessivas quedas das estimativas para este indicador vêm chamando a atenção até da imprensa internacional. No mês passado, o site do Financial Times destacou que esse movimento contínuo era semelhante à “dança da cordinha”. Para 2015, a estimativa de expansão de 1,20% também foi reduzida para 1,10%. Um mês atrás, a mediana estava em 1,50%.
A expectativa para o fraco crescimento costuma ser explicada em grande parte pelas previsões negativas do mercado para o setor industrial. No boletim Focus de hoje, no entanto, os analistas deram algum alívio na projeção para o setor fabril, que deve fechar 2014 negativo em 1,70% e não mais em -1,76%, como era esperado nas duas semanas anteriores. Há um mês, a estimativa era de queda de 1,53%. Para 2015, porém, a previsão segue em alta de 1,70% há seis semanas seguidas.
Os analistas corrigiram também suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2014. A Focus de hoje aponta uma mediana de 34,94% ante taxa de 34,99% da semana passada e 34,85% de um mês atrás. Para 2015, segue em 35,00% há 11 semanas.