O mercado financeiro revisou a previsão de déficit em transações correntes em 2014 de US$ 81,90 bilhões para US$ 81,80 bilhões, segundo a pesquisa Focus, do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, 01. Um mês atrás, a mediana estava negativa em US$ 81,45 bilhões. Para 2015, houve manutenção da mediana em um patamar negativo de US$ 75,00 bilhões, como na semana passada. Um mês antes, a projeção estava deficitária em US$ 74,10 bilhões
Para esses analistas, o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será insuficiente para cobrir o rombo, já que a mediana das previsões para esse indicador de 2014 segue em US$ 60,00 bilhões há 21 semanas. Para 2015, a previsão mediana voltou a cair para o nível de um mês atrás: US$ 55,00 bilhões – na semana passada, a previsão estava em US$ 56 bilhões.
Na mesma pesquisa, os economistas diminuíram a estimativa de superávit comercial em 2014 de US$ 2,50 bilhões para US$ 2,17 bilhões. Um mês antes, a mediana era de US$ 2 bilhões. Para 2015, a projeção seguiu em US$ 8 bilhões ante saldo de US$ 8,50 esperado quatro semanas atrás.
Inflação atacado
Os principais indicadores de inflação no atacado mostraram tendências divergentes na pesquisa. A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2014 subiu de 3,63% para 3,65%.
Já o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou de 3,87% para 3,81% do levantamento anterior para o atual. Quatro semanas atrás, o mercado previa para 2014 alta de 4,33% para o IGP-DI e de 4,40% para o IGP-M. Para 2015, a projeção para o IGP-DI também subiu, passando de 5,50% para 5,53%, mesmo patamar visto um mês atrás, enquanto a previsão para o IGP-M no próximo ano foi mantida em 5,54%.
A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em 2014, subiu com uma força considerável, passando de 5,41% para 5,52%. Há um mês, a expectativa estava em 5,49% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo. Para 2015, a projeção também avançou, passando de 4,91% para 5,25%. Um mês antes a expectativa era de 4,97%.
Analistas consultados pela Focus estão atrás de um patamar ideal de previsões para o comportamento dos preços administrados. Nas últimas semanas, a mediana das expectativas subiu e desceu, rodando sempre em torno de 5% para este ano. Na Focus de hoje, a mediana das projeções passou de 5,10% para 5,05% ante taxa de 5,00% vista um mês atrás. No caso de 2015, a taxa permaneceu em 7,00% como na semana anterior – um mês antes estava em 6,90%.