O presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe), Roberto Veloso, afirmou que a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki implicará em atraso no julgamento da Lava Jato na corte.
“Independentemente de qualquer circunstância, quem vai assumir (a relatoria da Lava Jato) precisará de tempo para se inteirar. Se esse novo relator mantiver a equipe de Teori, o tempo será menor. Se a equipe for trocada, o tempo logicamente será maior”, comentou após participar do velório do ministro, que ocorre na sede do TRF-4, em Porto Alegre.
Segundo ele, a Ajufe defende que o novo indicado para a vaga no STF tenha o mesmo perfil de Teori, ou seja, seja um magistrado federal de carreira. Para Veloso, o trabalho do ministro na relatoria da Lava Jato “dava tranquilidade para saber que o processo corria normalmente, sem sobressaltos”. “Ele nos propiciava a garantia de que o combate à corrupção no Brasil estava tendo um condutor isento e imparcial”, acrescentou.
Já o presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Luiz Felipe Silveira Difini, comentou que a morte de Teori é uma grande perda para a vida jurídica brasileira. “Ele se pautou pela absoluta correção no exercício das suas funções. Era um homem discreto, operoso, honesto e trabalhador. Ele decidia nos autos os temas que lhe eram colocados”, afirmou. Sobre a relatoria da Lava Jato, ele disse apenas confiar que o Supremo saberá equacionar a questão da melhor forma possível.