Economia

FGV: Educação, Leitura e Recreação contribui para leve alívio no IPC-M de março

A principal influência do alívio marginal do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado para composição do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), veio do grupo Educação, Leitura e Recreação. Este conjunto de preços saiu de uma alta de 2,15% no segundo mês do ano para declínio de 0,29% em março. No período, o IPC-M passou de 0,39% para 0,38%. O IGP-M, por sua vez, variou +0,01%, depois de +0,08% em fevereiro, conforme a Fundação Getulio Vargas (FGV).

No grupo Educação, a FGV destacou o comportamento do item cursos formais, cuja taxa saiu de alta de 3,14% para 0,00%.

Segundo a FGV, também foi registrado decréscimo nas taxas de variação de outras duas das oito classes de despesas que compõem o indicador. O conjunto de preços de Transportes passou de uma taxa positiva de 0,51% para 0,15% em março, em razão de tarifa de ônibus urbano (de 1,13% para 0,42%). Além disso, o grupo Comunicação saiu de elevação de 0,28% para recuo de 0,69% no terceiro mês do ano, devido ao declínio em tarifa de telefone residencial, que passou de baixa de 0,11% para retração de 2,70% em março.

Em contrapartida, cinco classes de despesas apresentaram acréscimo nas variações. O segmento de Alimentação registrou alta de 0,40% em março, depois de cair 0,22% em fevereiro, influenciado por hortaliças e legumes (de -0,96% para alta de 2,93%).

O conjunto de preços de Habitação passou de 0,44% para 0,84%, em razão, segundo a FGV, do avanço em tarifa de eletricidade para 4,14% (ante 0,02%).

Em relação ao grupo Despesas Diversas, a variação ficou em 0,76% em março, na comparação com 0,35% em fevereiro. Conforme a FGV, a principal influência foram os cigarros, que ficaram em 1,20% (ante 0,00% em fevereiro).

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais também avanço entre fevereiro e março, de 0,47% para 0,56%, com destaque para artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,20% para 0,42%). Por fim, o segmento de Vestuário abandonou a queda em fevereiro, de 0,05%, e subiu 0,22%, influenciado por roupas, cuja taxa negativa diminuiu a intensidade, de 0,22% para 0,05%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em março, variação de 0,36%, como já havia sido divulgado nesta semana. Em janeiro, o resultado do INCC foi de 0,53%.

IPA

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela FGV, registrou queda mais intensa em março (-0,17%) do que a registrada em fevereiro (-0,09%). Dentro do indicador, a passagem para a deflação do grupo Bens Intermediários contribuiu para esse resultado ao registrar -0,39% ante 0,99%. Nesse estágio de produção, a FGV destacou o subgrupo combustíveis e lubrificantes para produção, cuja taxa de variação passou de 1,65% para -3,41%.

As outras duas fases de produção aceleraram em março na comparação com fevereiro, embora ainda tenham permanecido em deflação. O indicador referente a Bens Finais registrou declínio de 0,08% após -0,61% no mês anterior. Segundo a FGV, o principal responsável por esse movimento foi o subgrupo alimentos in natura, que passou de -2,71% para 3,69%.

No grupo Matérias-Primas Brutas, o avanço de -0,64% em fevereiro para -0,05% em março foi determinado pelas variações dos itens minério de ferro (-0,59% para 5,95%), aves (-7,05% para 0,88%) e bovinos (-2,79% para -0,84%).

Principais influências

De acordo com a FGV, entre as maiores influências individuais de baixa no IPA de março estão soja em grão (-3,70% para -4,99%), óleo diesel (-1,18% para -5,10%), milho em grão (apesar da desaceleração de -5,99% para -5,06%), gasolina automotiva (-1,13% para -4,89%) e açúcar VHP (-0,21% para -5,12%).

Já na lista de maiores influências de alta estão minério de ferro (-0,59% para 5,95%), leite in natura (2,95% para 5,23%), ovos (5,42% para 9,06%), mamão (-6,47% para 25,83%) e laranja (mesmo com a desaceleração de 16,05% para 2,65%).

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