Economia

Famílias protestam contra suspensão na entrega de moradias em Sorocaba

Cerca de 50 famílias contempladas pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), do governo federal, fizeram um protesto, na manhã desta quinta-feira, 30, contra a suspensão na entrega das moradias do Residencial Carandá, em Sorocaba, interior de São Paulo. Com cartazes, o grupo se posicionou em frente à agência central do Banco do Brasil e impediu e entrada de clientes. O tráfego na Avenida 15 de Novembro, uma das principais da cidade, foi interrompido.

Os manifestantes exigiam a entrega das chaves e ameaçavam entrar à força nas unidades. “Muitos aqui moram em áreas de risco, pagam aluguel e já estavam com a mudança pronta”, disse Eugênia Lima, uma das manifestantes.

Segundo ela, o grupo representava as 672 famílias que ainda não receberam as chaves. “Como o banco vem atrasando as vistorias, a disposição de todos é de ir lá e entrar no que já é nosso.”

O banco é agente financeiro do residencial, que tem 2.560 apartamentos e teve a construção atrasada em dois anos. As unidades estão prontas desde dezembro e a prefeitura recorreu à Justiça para entregar as chaves, mas gerou um impasse com o Ministério das Cidades, que não tinha autorizado a entrega.

A medida levou o Banco do Brasil a suspender a vistoria dos imóveis. Segundo nota do BB, apenas 1.456 unidades estariam aptas para entregar, faltando 1.008 moradias pendentes de vistoria e medição final.

Com base em liminar da Justiça, 1.888 apartamentos foram ocupados pelas famílias sorteadas, entre os quais, parte dos que não foram vistoriados, segundo o banco. Para resolver o impasse, o prefeito José Crespo (DEM) pediu audiência com o ministro Bruno Araújo, mas o encontro foi marcado para o dia 5 de abril.

O Ministério acusou o prefeito de ter feito a entrega das moradias “à revelia” do governo federal, colocando em risco a segurança dos moradores. O núcleo é um dos maiores do programa no Estado e foi construído numa fazenda, fora da área urbana.

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