Economia

Juros de curto prazo fecham em alta e longos ficam estáveis após Relatório do BC

Os juros futuros fecharam a sessão regular do segmento BM&F em alta nos vértices curtos, enquanto os longos ficaram estáveis ou com viés de queda, refletindo basicamente a agenda doméstica, que teve como destaque nesta quinta-feira, 30, a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Considerado “dovish” (mais leve), o documento reforçou as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) de política monetária deve reduzir a Selic em 1 ponto porcentual no encontro de abril, esfriando as apostas na possibilidade de um corte maior do que este, de 1,25 ponto.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2017 (462.445 contratos) passou de 10,98% no ajuste de quarta para 10,99%. A taxa do DI janeiro de 2018 (369.710 contratos) fechou em 9,880%, de 9,825%. O DI janeiro de 2019 encerrou com taxa de 9,50%, de 9,43% no ajuste de quarta, 385.035 contratos. A taxa do DI janeiro de 2021 (171.535 contratos) fechou estável em 9,88%. O DI janeiro de 2023 (73.015 contratos) caiu de 10,13% para 10,11%.

Analistas chamaram a atenção para o termo “moderada” usado pelo Banco Central no RTI para qualificar a intensificação do ritmo de corte, o que consolidou a ideia de que a redução da Selic será de 1 ponto. “A consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, fortalece a possibilidade de uma intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política monetária, em relação ao ritmo imprimido nas duas últimas reuniões do Copom”, afirma o relatório.

A ponta longa reagiu ainda ao anúncio do corte de gastos e aumento de receitas para cobrir o rombo de R$ 58,2 bilhões do Orçamento, sem alta de impostos que pudessem ampliar a recessão ou pressionar a inflação. Serão contingenciados R$ 42,1 bilhões e o governo conta com R$ 10,1 bilhões da venda de quatro usinas hidrelétricas e R$ 4,8 bilhões da reversão da desoneração da folha de pagamentos, além de mais R$ 1,8 bilhão de Imposto de Operações Financeiras (IOF) para cooperativas de crédito.

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