O número de casos de ebola no oeste da África pode começar a duplicar a cada três semanas, exigindo aproximadamente US$ 1 bilhão para controlar a crise de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em relatório divulgado nesta terça-feira, a OMS explicou que os recursos são necessários para ações que vão desde o pagamento de profissionais de saúde até o rastreamento de pessoas que tenham sido expostas ao vírus e a contratação de equipes de sepultamento.
Segundo a organização Médicos Sem Fronteiras, ainda que o presidente Barack Obama anuncie o envio de três mil soldados americanos para a região mais afetada pelo vírus, a reposta global ao ebola está muito aquém do necessário. “A janela de oportunidade para conter esta epidemia está fechando, precisamos que mais países enviem ajuda imediatamente”, disse a presidente da organização, Joanne Liu.
Na semana passada, o governo dos EUA foi alvo de críticas quando prometeu construir um hospital de 25 leitos na Libéria para atender os profissionais de saúde estrangeiros. Muitos consideraram a contribuição discriminatória e irrelevante dado que especialistas dizem que o país precisa de no mínimo mais 500 leitos.
Além dos EUA, outros países se comprometeram a enviar ajuda para combater a epidemia. A China prometeu enviar um laboratório móvel e 59 profissionais especializados para Serra Leoa, o Reino Unido está planejando construir e operar uma clínica no país e Cuba deve enviar 160 profissionais de saúde para o local.
Desde março, quando o vírus foi reconhecido pela primeira vez, aproximadamente cinco mil pessoas foram contaminadas pelo ebola na Libéria, Serra Leoa, Guiné, Nigéria e Senegal. A OMS afirma que o número de doentes pode chegar a 20 mil. Pelo menos 2.400 pessoas já morreram vítimas do vírus. Fonte: Associated Press.