Internacional

Ataques contra xiitas matam ao menos 31 no Iraque

Ao menos 31 pessoas morreram numa série de ataques realizados no Iraque nesta sexta-feira, de acordo com autoridades. Este foi o segundo dia consecutivo de atentados que fizeram dezenas de vítimas fatais em regiões majoritariamente xiitas, supostamente cometidos pelo grupo radical Estado Islâmico.

Na capital Bagdá, um carro estacionado cheio de explosivos foi detonado perto da mesquita al-Mubara, que fica no bairro de Karradah, majoritariamente xiita, matando nove pessoas e ferindo 18, informou a polícia. Mais tarde, carros foram detonados em dois mercados ao ar livre em bairros xiitas, um no subúrbio de Nahrawan e outro no distrito de Bayaa. Juntos, os ataques mataram nove pessoas e feriram 23.

Ao sul de Bagdá, outro carro-bomba explodiu na cidade de Mahmoudiyah, matando três e ferindo dez, de acordo com a polícia. O ataque mais violento aconteceu na cidade de Kirkuk, no norte do Iraque, onde a explosão de uma motocicleta próxima a uma loja de armamento deixou dez mortos e 14 feridos, segundo a polícia local. Autoridades médicas confirmaram as mortes.

A natureza coordenada e o estilo dos ataques sugerem fortemente que foram trabalho de extremistas do grupo Estado Islâmico, cujos integrantes consideram os xiitas hereges. Os militantes sunitas tomaram grandes extensões de terra no oeste e norte do Iraque, colocando o país na pior crise desde que as tropas norte-americanas deixaram o território iraquiano, em 2011.

Aviões norte-americanos têm realizado ataques aéreos contra o grupo no Iraque e forças de segurança curdas trabalham para retomar partes do território iraquiano. O Comando Central dos Estados Unidos disse na quinta-feira que o Exército realizou 176 ataques aéreos no Iraque desde 8 de agosto.

A França também afirmou que se juntou aos esforços do EUA para combater o Estado Islâmico e realizou o primeiro ataque aéreo nesta sexta-feira contra um depósito logístico sob controle dos extremistas.

O Estado Islâmico informou que estabeleceu uma força policial para garantir a lei e a ordem na cidade iraquiana de Mosul, norte do país, tomada pelos insurgentes sunitas em junho. “O Estado Islâmico retomou o sistema policial e indicou centenas de mujahedin para proteger muçulmanos e suas propriedades”, disse o grupo em comunicado nesta sexta-feira.

A autenticidade do comunicado não pode ser comprovada, mas a mensagem foi postada num site geralmente usado pelo grupo. Fonte: Associated Press.

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