Um cidadão norte-americano retornou aos Estados Unidos nesta quarta-feira após passar quase seis meses preso na Coreia do Norte. Jeffrey Fowle viajou para Ohio, onde mora, e se reencontrou com sua esposa, seus três filhos e outros familiares na base da Força Aérea de Wright-Patterson.
Segundo o coronel John Devillier, Fowle teve um reencontro bastante emocionado com sua família, e estava feliz em retornar aos Estados Unidos. O militar disse também que a chegada de Fowle foi uma surpresa para seus parentes, que foram levados à base sem saber o que aconteceria.
Fowle estava há meses esperando julgamento em Pyongyang por ter esquecido uma bíblia em uma boate. O Cristianismo é considerado um crime na Coreia do Norte. A decisão de Kim Jong Un de libertar o prisioneiro foi anunciada na terça-feira pelo Departamento de Estado dos EUA.
A porta-voz do governo, Marie Harf, afirmou que Fowle foi examinado por médicos e parecia estar em bom estado de saúde. Ela se recusou, no entanto, a fornecer detalhes sobre a libertação e somente agradeceu à Suécia, que tem uma embaixada em Pyongyang, por seus “esforços incansáveis”.
Em Berlim, o secretário de Estado John Kerry se declarou preocupado com os outros dois cidadãos americanos que ainda estão presos na Coreia do Norte. Eles foram condenados em julgamentos que duraram menos de 90 minutos e entraram separadamente no país. “Temos grandes esperanças de que a Coreia do Norte perceberá os benefícios de os libertarem o quanto antes”, afirmou.
Os Estados Unidos não possuem relações diplomáticas com o país e alertam os cidadãos norte-americanos a não viajar para lá. Em um relatório divulgado nesta quarta-feira, a agência de notícias Korean Central afirmou que Kim Jong Un decidiu libertar o prisioneiros após considerar repetidos pedidos feitos pelo presidente Barack Obama. Fonte: Associated Press.