A Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu uma nova diretora para o escritório regional na África, nesta quarta-feira, após acusações de falhas na resposta à epidemia de ebola em seu estágio inicial. O diretor atual, Luis Sambo de Angola, serviu dois mandatos de cinco anos não podia concorrer novamente.
A nova líder, Matshidiso Moeti, é uma médica de Botswana e veterana da OMS que deixou o cargo como diretora regional adjunta para a África em março, na época que a crise foi anunciada.
Os resultados da eleição de cinco candidatos, em que votaram 47 países membros africanos, foram divulgados em uma reunião da agência em Benin. “Espero que, com todos os esforços de controle que estão em vigor agora, a situação esteja melhor quando eu assumir o cargo em fevereiro”, afirmou Moeti.
De acordo com ela, os sistemas de saúde nos países mais atingidos pelo surto, Serra Leoa, Libéria e Guiné, foram devastados e precisam ser reconstruídos. Ela também afirmou que os sistemas de alerta e as capacidades de monitoramento devem ser aprimorados visando qualquer futuro surto da doença.
Em um documento interno obtido pela agência de notícias Associated Press no mês passado, a OMS
acusou seu escritório África de inicialmente atrasar a resposta ao ebola. O relatório disse que a equipe da OMS na África se recusou a ajudar a obter vistos para especialistas em voos para a Guiné e comprometeu o esforço de contenção de outras maneiras.
Aboubakar Sidiki Diakité, inspetor-geral do ministério de Saúde da Guiné, saudou a eleição como uma oportunidade para a reforma. “A mudança sempre traz um novo impulso”, afirmou. Ele disse que o novo diretor iria encontrar “fraquezas” no sistema que precisariam ser remediadas. Fonte: Associated Press.