O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, disse nesta terça-feira, 30, que há espaço na meta fiscal para acomodar o gasto com a recriação do programa de redução de jornada e salário ou suspensão de contrato de trabalhadores, com o pagamento do benefício emergencial (BEm) para compensar parte da perda salarial. Mais cedo, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, disse que o gasto deve ficar em torno de R$ 10 bilhões, por meio de crédito extraordinário (fora do teto de gastos).
Apesar de haver espaço na meta, Funchal ressaltou que seria importante fazer um cancelamento de restos a pagar do próprio BEm, herdados do ano passado, uma vez que o mercado está de olho nas despesas que ficarão fora do teto de gastos em 2021.
"Está bem justificada a questão de imprevisibilidade e urgência para o BEm", disse Funchal, em relação ao crédito extraordinário.
Ele afirmou ainda que, depois de gastos vultosos em 2020 contra a pandemia de covid-19, as ações do governo com gastos fora do teto "serão sempre focalizadas" em 2021.