Manifestações contra mortes de negros por policiais brancos este ano terminaram de forma violenta nas ruas da Califórnia pela segunda noite seguida. O protesto, que começou de forma pacífica na Universidade de Berkeley, rapidamente cresceu e chegou a Oakland, que também faz parte da região metropolitana de São Francisco.
Houve atos de vandalismo contra equipamentos públicos e pontos comerciais. Manifestantes entraram em confronto com policiais e também entre si e chegaram a bloquear o trânsito em uma via expressa da cidade. Eles protestavam contra a decisão da Justiça norte-americana de não indiciar dois oficiais brancos acusados de matar negros não armados em Ferguson, no Estado de Ohio, e em Nova York.
Grupos separados também chegaram à parte central da cidade no final da noite, e atearam fogo em lixeiras, quebraram vidraças e saquearam lojas. Houve também relatos de vandalismo na prefeitura de Berkeley. Segundo a oficial Jennifer Coats, um dos manifestantes que tentou impedir o vandalismo foi atingido com um martelo na cabeça.
Cinco manifestantes foram presos, de acordo com a policial. Dois oficiais sofreram ferimentos leves. Os protestos terminaram por volta das 3h30 desta segunda-feira.
Políticos do Partido Republicano e Democrata têm pedido por mais calma, enquanto manifestantes exigem reformas na polícia. Para presidente da National Association for the Advancement of Colored People (Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor) dos Estados Unidos, Cornell William Brooks, é preciso instalar câmeras no traje dos policiais e mudar as regras de aplicação das leis. “É preciso mudar o modelo de policiamento”, ele afirmou em entrevista à CBS. Fonte: Associated Press.