Internacional

UE planeja estender sanções contra indivíduos e empresas da Rússia até setembro

A União Europeia pode estender por seis meses e ampliar as sanções individuais que foram impostas a autoridades e companhias russas relacionadas aos conflitos na Ucrânia quando os ministros de Relações Exteriores do bloco se reunirem amanhã, de acordo com um documento prévio sobre o encontro.

O conteúdo do documento foi conhecido antes de uma reunião de embaixadores da UE hoje, portanto podem ser feitas mudanças no texto até mesmo antes de os ministros de Relações Exteriores chegarem a Bruxelas.

De acordo com o documento, por causa da piora na situação no leste da Ucrânia, a UE “concordou em estender as medidas restritivas direcionadas a pessoas e entidades por ameaçarem ou minarem a soberania e a integridade territorial da Ucrânia (…) até setembro de 2015”.

O documento diz que os ministros de Relações Exteriores pedirão a autoridades da Comissão Europeia e à unidade de serviços estrangeiros da UE que apresentem uma proposta dentro de uma semana sobre mais pessoas ou empresas que possam ser incluídas na lista de sanções.

A UE impôs um congelamento de ativos a dezenas de autoridades russas e a separatistas ucranianos pró-Rússia durante o último ano e também a várias companhias ligadas a essas pessoas. As sanções, que deveriam durar um ano, devem ser renovadas em março.

O documento também sugere que autoridades da UE realizem “mais trabalhos preparatórios (…) sobre qualquer ação apropriada, em particular sobre mais medidas restritivas”, contra a Rússia para garantir o cumprimento total dos acordos de cessar-fogo e paz assinados em setembro.

Os líderes da UE afirmaram ontem que vão discutir a situação da Ucrânia em uma reunião nos dias 12 e 13 de fevereiro. Durante o último ano, foram os líderes europeus que tomaram a decisão final de ampliar as sanções econômicas contra a Rússia, que expiram em julho.

As divisões dentro do bloco sobre endurecer ou começar a afrouxar as sanções se aprofundaram nesta semana, depois da eleição do partido de esquerda Syriza na Grécia. Ontem, um assessor do novo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, emitiu uma declaração afirmando que seu país não assinou um comunicado dos líderes da UE que pedia que os ministros de Relações Exteriores do grupo elaborassem novas opções de sanções e culpando Moscou pelo recente aumento da violência na Ucrânia.

Todos os 28 países-membros da UE precisam concordar para que as sanções sejam aprovadas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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