Internacional

Obama considera enviar armamentos à Ucrânia, diz membro do gabinete dos EUA

O presidente norte-americano Barack Obama está reconsiderando enviar armamentos à Ucrânia, em um novo passo para tentar controlar a escalada do conflito entre rebeldes pró-Rússia e o governo de Kiev. A informação foi confirmada nesta segunda-feira por um membro do alto escalão do gabinete de Obama.

De acordo com a fonte, que optou por permanecer anônima, o presidente dos Estados Unidos está especificamente preocupado com a capacidade do Exército ucraniano de utilizar as armas. Obama também argumenta que nenhuma quantidade de armamento seria capaz de colocar os ucranianos em pé de igualdade com os russos em termos militares.

Entretanto, alguns membros do gabinete têm pressionado Obama para que a assistência do país à Ucrânia seja ampliada. Com a crescente violência no leste do território ucraniano nas últimas semanas, a fonte afirma que Obama está reconsiderando a proposta de enviar auxílio letal ao país. Por enquanto, o apoio norte-americano ao governo em Kiev inclui apenas equipamentos não letais, como máscaras de gás e radares.

A decisão de expandir o auxílio não é iminente. Obama pretende discutir a questão primeiramente com líderes europeus, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel, que visitará Washington na próxima semana. Nesta segunda-feira, a líder alemã já se declarou contrária ao envio de armas à Ucrânia e disse preferir sanções econômicas e negociações para “resolver ou ao menos mitigar o conflito”.

“É de minha firme convicção que esse conflito não pode ser resolvido militarmente”, afirmou Merkel, após se encontrar com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, em Budapeste.

A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Bernadette Meehan, afirmou que o governo está “constantemente reavaliando suas políticas na Ucrânia”. “Embora nosso foco permaneça em encontrar uma solução por meios diplomáticas”, afirmou. “Estamos sempre avaliando outras opções que irão ajudar a encontrar espaço para uma solução negociada à crise”. Fonte: Associated Press.

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