O grupo anti-islâmico Europeus Patriotas contra a Islamização do Ocidente (Pegida, na sigla em alemão) realizou a sua primeiro reunião na Grã-Bretanha neste sábado, provocando protestos que deixaram ao menos cinco pessoas presas.
A polícia informou que o encontro do grupo reuniu 375 pessoas em Newcastle, uma cidade que fica a 465 quilômetros ao norte de Londres. Em reação, cerca de duas mil pessoas contrárias ao Pegida fizeram uma manifestação.
Segundo as autoridades de segurança, as prisões foram isoladas e o evento foi pacífico.
O líder do partido de extrema-direita Liberty Great Britain, Paul Weston, afirmou na reunião que os muçulmanos se tonarão maioria na Grã-Bretanha nas próximas décadas e que eles têm como objetivo “assumir” o país.
“Isso é exatamente o que eles vão fazer se nós continuarmos calmamente sem fazer nada”, disse o político aos apoiadores do Pegida. Weston afirmou ainda que estava satisfeito com o tamanho da manifestação, considerando que este foi o primeiro encontro do grupo na Grã-Bretanha.
A professora Jacqui Rodgers, que participou da manifestação contrária ao anti-islâmicos, afirmou que os britânicos não vão aceitar as opiniões do Pegida.
“Eu acho que é realmente importante para nós nos unirmos como uma comunidade e deixar bem claro para essas organizações que estão tentando entrar no Reino Unido que nós não vamos tolerar as suas atividades e que não vamos aceitar as suas posições racistas e fascistas”, afirmou.
Apesar da expansão para a Grã-Bretanha, na Alemanha, berço do movimento, o Pegida tem perdido força. As manifestações convocadas pelo grupo nas últimas semanas têm reunido cada vez menos pessoas. Fonte: Associated Press.