O ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Yuval Steinitz, disse nesta segunda-feira que uma ação militar contra o programa nuclear do Irã ainda é uma opção, apesar do acordo realizado na semana passada entre as seis potências mundiais e o Irã.
Os comentários de Steinitz refletem o sentimento de alarme de Israel sobre o acordo feito, que oferece alívio em relação às sanções econômicas que o Irã vinha sofrendo em troca de restrições em seu programa nuclear.
Líderes israelenses acreditam que o acordo deixa a infraestrutura nuclear do Irã intacta, incluindo instalações de pesquisa e centrífugas capazes de enriquecer urânio, ingrediente chave para a fabricação de uma bomba. Ele também diz que o acordo não aborda o apoio do Irã a grupos militantes anti-Israel em todo o Oriente Médio.
Steinitz, confidente do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, disse que o governo irá fazer nos próximos meses um lobby para reforçar o texto e elaborar um acordo final. Embora o ministro tenha destacado que prefere uma solução diplomática, “uma ação militar ainda existe”, disse ele.
“Israel deve ser capaz de se defender contra qualquer ameaça. É o nosso direito e dever de decidir como nos defender, especialmente se nossa segurança nacional e até mesmo a nossa existência estiver sob ameaça”, acrescentou Steinitz.
Israel considera uma ameaça à sua existência o fato do Irã possuir armas nucelares, o seu apoio a grupos militares anti-Israel e desenvolvimento de mísseis de longo alcance.
O acordo, anunciado na última quinta-feira em Lausanne, na Suíça, visa reduzir significativamente a tecnologia iraniana na fabricação de bombas. Os compromissos, se implementados, reduziriam os ativos tecnológicos nucleares por 10 anos e restringiria outros por mais cinco anos. O Irã também estaria sujeito a inspeções internacionais.