O grupo terrorista Estado Islâmico lançou uma ofensiva nesta quarta-feira ao oeste do Iraque, perto da província de Anbar, onde capturou três aldeias, forçando os moradores a fugirem de suas casas diante dos confrontos entre os extremistas e as tropas do governo, de acordo com informações de residentes.
O grupo tem ameaçado seguir para a capital da província, Ramadi, que está localizada a 115 quilômetros de Bagdá. A cidade é majoritariamente controlada pelas forças do governo, mas algumas regiões são controladas pelo Estado Islâmico, principalmente na periferia.
O avanço dos militantes ocorreu depois das tropas iraquianas terem retomado a cidade de Tikrit, capturada pelo Estado Islâmico, no início do mês.
A ofensiva aconteceu durante a madrugada, tomando as aldeias de Sjariyah, Albu-Ghanim
e Soufiya, que estavam sob o controle do governo até o momento, disseram moradores. Conflitos também estavam acontecendo na fronteira de Ramadi, cerca de dois quilômetros do prédio do governo local.
Um funcionário da inteligência do governo disse que os militantes estavam se preparando para lançar uma ofensiva do lado ocidental da cidade de Ramadi, descrevendo a situação como “crítica”.
Além disso, o Estado Islâmico estava tentando assumir o controle da principal rodovia que passa por Ramadi, ameaçando cortar o fornecimento de suprimentos, disse uma autoridade.
Falih Essawi, o vice-chefe do Conselho Provincial de Anbar, disse à CNN que a cidade pode entrar em um colapso rapidamente e implorou para reforços do governo e da coalizão liderada pelos Estados Unidos.
O porta-voz do Ministério da Defesa, Tahseen Ibrahim, reconheceu hoje que os militantes do Estado Islâmico estão “ganhando posições em algumas áreas” na província de Anbar. Mas disse que os reforços foram enviados para a província e que os ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos estavam apoiando as forças iraquianas.
“A situação está sob controle e o impasse será resolvido nas próximas horas”, disse Ibhahim à Associated Press. Ele acrescentou, porém, que a maioria dos moradores da região fugiram de suas casas em meio aos combates, mas sem fornecer detalhes.
Em Sofiya, os militantes bombardearam uma delegacia de polícia e assumiram uma usina. Os moradores, que falaram sob condição de anonimato, disseram que os ataques aéreos tinham o intuito de afastar as tropas iraquianas.