O Parlamento Europeu se juntou ao papa Francisco nesta quarta-feira e pediu que a Turquia reconheça o massacre de armênios em 1915 como um genocídio.
A resolução não vinculativa, adotada por ampla maioria do Parlamento Europeu nesta quarta-feira, repetiu o uso do termo “genocídio” para marcar o aniversário de cem anos do massacre, quando cerca de 1,5 milhão de armênios foram mortos.
Os deputados europeus também pediram que a Turquia use a data “para reconhecer o genocídio armênio e pavimente o caminho para uma reconciliação genuína entre os povo turco e armênio”.
O gesto ecoa o do papa Francisco, que no domingo chamou o incidente de “o primeiro genocídio do século 20”, o que fez a Turquia chamar de volta seu embaixador no Vaticano.
Hoje, o presidente Tayyip Erdogan minimizou a resolução europeia mesmo antes de sua aprovação.
“Para nós, esse assunto vai entrar em um ouvido e sair pelo outro”, disse Erdogan. “A Turquia não irá aceitar essa acusação. A mancha do genocídio sobre nosso país é algo fora de questão.”
Em jogo, está a categorização do evento histórico que colocaria o regime otomano, precursor da Turquia moderna, na mesma categoria da Alemanha nazista e de ditadores como Stalin e Pol Pot. Ancara nega veementemente o assassinato sistemático de armênios durante a Primeira Guerra Mundial. Já os armênios acolheram o massacre como peça fundamental da identidade nacional. Fonte: Dow Jones Newswires.