Por volta 1 mil europeus no Nepal ainda não chegaram em suas embaixadas desde o forte terremoto que atingiu o país asiático no final de semana, que causou mais de 6,2 mil mortes, segundo a União Europeia. O embaixador da UE para o Nepal, Rensje Teerink, disse que “obviamente isso não significa que eles estão mortos, apenas indica que eles não deram um retorno”. A maioria das pessoas não contabilizadas eram turistas e aventureiros e é praticamente impossível manter o controle porque muitos não se registram em suas embaixadas.
Enquanto países ao redor do mundo tentam localizar seus cidadãos que estavam na região no momento do terremoto, voluntários humanitários seguem buscando sobreviventes e tentando ajudar os desabrigados. Líderes nepaleses e estrangeiros também trabalham para levar ajuda aos necessitados, mas a escala da devastação desafia qualquer governo, segundo a chefe humanitária da ONU, Valerie Amos.
Após realizar uma visita aérea nesta sexta-feira a algumas das aldeias isoladas do Himalaia, Valerie disse que os trabalhadores humanitários enfrentam “imensos desafios logísticos” tentando conseguir ajuda especialmente para as aldeias montanhosas onde os helicópteros não conseguem pousar e algumas estradas foram destruídas. “É claro que estamos preocupados que está levando muito tempo para chegar às pessoas que precisam desesperadamente de ajuda. Algumas dessas aldeias estão praticamente destruídas. Mas é muito, muito difícil ver como nós vamos chegar a eles”, afirmou.
Ao analisar as localidades mais atingidas pelo terremoto, a Organização Mundial de Saúde informou que encontrou alguns hospitais danificados ou destruídos, mas a maioria está lidando bem sem pessoal extra ou o número necessário de leitos. No entanto, destacou que eles têm necessidade de medicamentos essenciais, equipamentos e materiais.
Por outro lado, o governo nepalês renovou seu apelo por doações de tendas e lonas para abrigos temporários, assim como grãos, sal e açúcar. O governo também pediu dinheiro para ajudar com os esforços de ajuda, caso os doadores não possam enviar imediatamente os artigos que são imediatamente necessários depois do terremoto do último final de semana. “Recebemos coisas como atum e maionese, mas precisamos de grãos, sal e açúcar”, disse o ministro das Finanças, Ram Sharan Mahat. De acordo com ele, o governo decidiu isentar de impostos as tendas e lonas. Segundo o governo, o Nepal precisaria de 400 mil tendas e até agora só tem sido capaz de fornecer 29 mil.
Fonte: Associated Press