O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, aumentou a pressão sobre o governo da Grécia para chegar a um acordo com os credores internacionais e obter mais financiamento. Em depoimento ao Parlamento Europeu, Draghi disse que o BCE tem feito tudo que pode para ajudar a promover um acordo.
“Embora todos os jogadores agora precisem de uma milha extra, a bola está totalmente no campo do governo grego para tomar os passos necessários”, afirmou Draghi. Os comentários foram feitos um dia depois de novas negociações entre gregos e credores fracassarem, o que levou as atenções para a reunião de ministros de Finanças da zona do euro, o Eurogrupo, de quinta-feira e para a cúpula da União Europeia, em 25 de junho.
Para o BCE, existe uma questão imediata: quanto mais o banco central está disposto a manter os bancos gregos abastecidos com empréstimos. Draghi observou no discurso hoje que o BCE fornece atualmente 118 milhões de euros para os bancos gregos, um montante equivalente a cerca de dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) da Grécia. A maior parte desse valor é fornecida por empréstimos emergenciais por meio do Banco da Grécia.
Draghi afirmou que, neste momento, os bancos gregos são considerados solventes com colateral adequado, o que é necessário para que tenham acesso ao programa de empréstimos emergencial do BCE. No entanto, o programa não pode ser usado para evitar as restrições estabelecidas pelo BCE sobre o fornecimento de recursos diretamente para os governos, observou. Fonte: Dow Jones Newswires.