O número de mortos no Iêmen nesta segunda-feira subiu para 100 depois que os rebeldes xiitas começaram a bombardear ontem a cidade de Dar Saad, perto da cidade portuária de Áden, disse o chefe de um grupo de ajuda internacional, descrevendo como “o pior dia” para a cidade e seus arredores desde que os combates começaram há três meses.
Os rebeldes, conhecidos como houthis, começaram a bombardear a cidade de Dar Saad depois de perder o controle de alguns dos bairros de Áden.
“O bombardeio também deixou cerca de 200 feridos”, disse Hassan Boucenine, chefe do Médicos Sem Pronteiras no Iêmen. “Do total de vítimas, 80% são civis, incluindo muitas mulheres grávidas, idosos e crianças”, acrescentou.
“Ontem foi o pior dia em Áden desde que a campanha da coalizão liderada Arábia Saudita começou em março”, disse Boucenine à Associated Press, acrescentando que ele teme que “ataques a civis vão continuar”.
O bombardeio de domingo em Dar Saad começou depois que os rebeldes perderam o controle de grande parte do distrito de Tawahi, em Áden, de acordo com autoridades e testemunhas. Tawahi está agora sob um bloqueio de segurança.
Durante à noite, a coalizão liderada pela Arábia bombardeou posições dos rebeldes ao norte de Áden e em Dar Saad, matando ao menos 55 rebeldes, de acordo com autoridades.
A coalizão também atingiu a casa de Mehdi Meqlawa, um proeminente defensor do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, em um subúrbio de Sanaa. Na capital iemenita, o bombardeio atingiu a sede dos rebeldes perto do mercado de Souq Aziz, matando uma pessoa.
Os bombardeios continuaram em Rebel nesta segunda-feira na cidade de Taiz, a terceira maior cidade do Iêmen, matando oito moradores, enquanto conflitos terrestres se alastraram em Marib, com
seis membros de tribos anti-houthis e 10 rebeldes mortos nos confrontos. Fonte: Associated Press.