O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, se reuniu nesta segunda-feira no Catar com os ministros de Relações Exteriores do Conselho de Cooperação do Golfo, o bloco das seis nações árabes sunitas (Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar, Bahrein, Kuwait e Iraque), para aliviar as tensões dos países em torno do acordo nuclear com o Irã.
Os países árabes temem que o Irã aumente a assertividade na região e as implicações do acordo. Outros assunto também foram abordados, como os conflitos na Síria, Iraque e no Iêmen.
Na abertura do encontro, o ministro de Relações Exteriores do Catar, Khalid al-Attiya, disse que o encontro estava sendo realizado em “circunstâncias e desafios muito excepcionais que temos tido sem precedentes”. “Estamos enfrentando muitos desafios em nossas comunidades e nós estamos com o objetivo de alcançar a paz, a segurança e a estabilidade com a ajuda dos Estados Unidos”, acrescentou.
Al-Attiya ressaltou a importância de manter a região livre de qualquer “ameaças de armas nucleares” e “a importância do uso da energia nuclear e do uso da tecnologia apenas para fins pacíficos”.
Al-Attiya falou da urgência de resolver a crise na Síria, no Iêmen e no Iraque, mas também se queixou de que “o Oriente Médio está sofrendo com as falhas no processo de paz devido à ocupação israelense” da terra da Palestina. Ele acusou Israel de “intransigência” para lidar com os palestinos e disse que deve terminar o seu “bloqueio ilegal em Gaza”.
“Apelamos aos Estados Unidos para exercer mais esforços para voltar o processo de paz”, afirmou o ministro de Relações Exteriores do Catar.
Kerry, que não falou enquanto os repórteres estavam presentes, não irá viajar para Israel nesta viagem e a alavancagem dos EUA com o atual governo israelense atual é limitada, dado que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, tem sido contra o acordo nuclear com o Irã veemente.
Kerry reconheceu as preocupações sobre o comportamento do Irã no Oriente Médio, mas disse que seria mais fácil lidar com o Irã para que não desenvolva uma arma nuclear. Ele disse que o acordo atingido por potências mundiais com o Irã em Viena em junho é a melhor maneira de fazer isso.
“O Irã está envolvido em atividades de desestabilização na região _ e é por isso que é tão importante garantir que o programa nuclear iraniano continua a ser totalmente pacífico”, disse ele no domingo no Egito antes de voar para o Catar. “Não pode haver absolutamente nenhuma dúvida de que o acordo de Viena, se implementado, tornará o Egito e todos os países da região mais seguros do que qualquer outra forma”. Fonte: Associated Press.