A Suprema Corte de Israel suspendeu nesta quarta-feira a ordem de prisão do palestino Mohammed Allan que está em greve de fome há 65 dias, liberando-o enquanto ele estiver em tratamento médico.
Após um longo dia de deliberações, o tribunal anunciou que Mohammed Allan permanecerá hospitalizado, mas suas algemas serão removidas e sua família poderá visitá-lo.
A Suprema Corte disse também que no período de tratamento, a “detenção administrativa” estará suspensa.
Allan entrou em greve de fome para protestar contra a lei que permite que as autoridades mantenham os suspeitos detidos por meses sem acusação.
O tribunal disse que Allan, que sofreu danos cerebrais, permanecerá hospitalizado, mas pode pedir a sua libertação se a sua condição melhorar.
Mohammed Allan, de 31 anos, é um advogado palestino e foi detido por Israel por suposta ligação com a Jihad Islâmica, um grupo militante palestino que tem realizado diversos ataques contra civis e soldados israelenses.
Allan ficou preso entre 2006 e 2009 sob a acusação de envolvimento com atividades militantes da Jihad Islâmica. Sua família disse que, após a sua libertação, ele se tornou um advogado na cidade de Nablus e que tinha cortado os laços com o grupo. Autoridades israelenses prenderam Allan novamente em novembro do ano passado. Allan negou qualquer irregularidade e exigiu que ele fosse libertados ou acusado. Fonte: Associated Press.