O órgão federal do México que investiga suspeitas de corrupção concluiu que nem o presidente Enrique Peña Nieto nem sua mulher, Angélica Rivera, nem o secretário da Fazenda, Luis Videgaray, incorreram em conflito de interesses. A investigação era relacionada à aquisição de imóveis de empresas que depois conseguiram contratos públicos milionários.
O secretário da Função Pública, Virgilio Andrade, disse em entrevista coletiva que “foi determinado que não existe conflito de interesse”, porque os imóveis foram adquiridos antes que Peña Nieto assumisse como presidente, em dezembro de 2012. Segundo ele, após revisão dos contratos outorgados das empresas envolvidas, não foi encontrada nenhuma irregularidade. A primeira-dama acabou devolvendo a mansão de US$ 7 milhões, comprada de uma empresa que recebeu contratos em obra pública da administração federal. Segundo Angélica, ela saldava o negócio em pagamentos mensais, com dinheiro ganho em seu trabalho como atriz. A empresa manteve a propriedade da casa até que ela tivesse sido paga na totalidade.
O presidente, a primeira-dama e o secretário da Fazendo tornaram-se alvo de críticas, após investigações jornalísticas revelarem a compra de residências de empresários que depois receberam contratos públicos, o que foi visto como possível conflito de interesses. Andrade disse, porém, que nenhum dos três participaram na distribuição de qualquer contrato para as empresas.
Andrade, que é integrante do gabinete do presidente em sua função, afirmou ainda que foram indagados 11 funcionários públicos envolvidos nos contratos e foi concluído que não houve influência de ninguém para favorecer as empresas. O presidente sempre negou qualquer responsabilidade no caso. Em fevereiro, o próprio Peña Nieto pediu uma investigação. Fonte: Associated Press.