Internacional

Lagarde pede reformas urgentes em meio à desaceleração da economia mundial

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, pediu que as principais potências econômicas do mundo realizem urgentemente reformas para recuperar o crescimento, em um momento de perspectiva de baixo crescimento econômico mundial e de instabilidades em mercados emergentes.

“O risco de revisarmos para baixo as projeções aumentaram, principalmente para as economias de mercados emergentes. Perante esse cenário, as prioridades políticas ganharam ainda mais urgência desde nossa última reunião, em abril”, afirmou Christine Lagarde, durante reuniões do G-20 na capital da Turquia.

“É necessário um esforço concentrado para enfrentar esses desafios, incluindo a acomodação da política monetária em economias avançadas, políticas fiscais que incentivem o crescimento e reformas estruturais para aumentar o potencial produtivo e a produtividade”, afirmou Lagarde.

No início desta semana, o FMI afirmou que pretende revisar suas perspectivas de crescimento econômico global para este ano, em parte por causa da desaceleração da China, que pesaram mais sobre os mercados internacionais do que era esperado. A estimativa atual já representa o menor ritmo de crescimento desde a crise financeira.

Diversos países emergentes já estão em recessão e lutam para recuperar o crescimento, especialmente as economias que dependem de exportações de commodities. Os temores com os emergentes aumentam com a perspectiva de que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, se prepara para elevar as taxas de juros, possivelmente neste mês.

No ano passado, os países que integram o G-20 se comprometeram a tentar aumentar o crescimento da economia global em dois pontos porcentuais nos próximos cinco anos, por meio de reformas econômicas internas. No entanto, esses esforços ficaram aquém das expectativas, muitas vezes dificultados por desafios domésticos.

Lagarde afirmou que o crescimento está muito baixo, o investimento está muito baixo e o desemprego está muito alto. O FMI também alertou o Fed contra o aumento as taxas de juros prematuramente. O fundo repetidamente disse que a autoridade monetária dos Estados Unidos deveria atrasar a alta dos juros até 2016, não apenas pela economia norte-americana, mas também por causa das implicações na economia global. Fonte: Dow Jones Newswires.

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