Os ministros das Relações Exteriores dos países da Europa Central disseram que rejeitavam o plano da União Europeia para estabelecer cotas obrigatórias para aceitar imigrantes em busca de asilo. A declaração foi feita em um encontro dessas autoridades com o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier.
O ministro das Relações Exteriores da República Checa, Lubomir Zaoralek, afirmou que “nós temos de ter o controle sobre quantos somos capazes de aceitar”, em relação aos imigrantes. A Alemanha, que recebe a maior parte dos pedidos de asilo no continente, defende que sejam estabelecidas metas compulsórias para se compartilhar os refugiados entre os países da União Europeia.
O ministro das Relações Exteriores da Eslováquia, Miroslav Lajcak, disse que “nós temos uma visão diferente” do problema.
O ministro húngaro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto, argumentou que a primeira e mais importante tarefa deve ser ganhar o controle das fronteiras da União Europeia. A Hungria está construindo uma cerca em sua fronteira com a Sérvia, em um esforço para impedir as ondas de imigrantes que chegam ao país.
A Polônia também estava representada no encontro.
Steinmeier, por sua vez, disse que a UE precisa ir além da proposta já controversa de redistribuir 160 mil imigrantes. Segundo o ministro alemão, é preciso concordar com um “mecanismo justo de distribuição” para aqueles que já estão a caminho.
A Alemanha espera que 800 mil imigrantes cheguem neste ano ao país. Steinmeier também acrescentou que é preciso haver uma “comunicação europeia comum”, em países onde os imigrantes dão crédito a rumores segundo os quais todos os imigrantes teriam direito a asilo ou um emprego garantido no continente. Fonte: Associated Press.